Os soldados enfrentam horrores inimagináveis ao removerem os corpos das vítimas, incluindo cerca de 40 bebês e crianças pequenas – algumas com as cabeças decepadas.
A imprensa foi convidada na terça-feira a examinar o cenário de devastação em Kfar Aza, a comunidade massacrada por terroristas infiltrados do Hamas, enquanto as FDI continuam a remover os corpos das vítimas das casas onde foram assassinadas.
Pela primeira vez, o exército israelita permitiu que canais de comunicação social chegassem a uma das comunidades massacradas, neste caso o Kibutz Kfar Aza, onde nuvens de fumaça podem ser vistas a subir na Faixa de Gaza, que fica a menos de quatrocentos metros de distância.
Os carros da comunidade, estacionados do lado de fora, foram totalmente incendiados. E foi apenas uma pequena parte da destruição, ainda sem um número exato de quantas pessoas foram assassinadas, pois os corpos ainda estão sendo recolhidos e retirados das casas.
O cheiro da morte – é o que resta de uma comunidade outrora vibrante. Agora, a imprensa estrangeira foi convidada a testemunhar os crimes desumanos, tal como os Aliados fizeram depois de vencerem a Segunda Guerra Mundial e libertarem os campos de concentração do Holocausto. Mais de 70 terroristas armados invadiram a comunidade, os seus corpos ainda estão no chão para que o mundo inteiro veja a crueldade que estes terroristas do Hamas cometeram.
“Não é uma guerra, não é um campo de batalha. Você vê os bebês, a mãe, o pai, em seus quartos, em suas salas de proteção, e como os terroristas os mataram”, o major-general das FDI, Itai Veruv , descreveu pela primeira vez a cena. “É um massacre.”
Estando na fronteira, Kfar Aza ainda está ativo, com soldados das FDI operando na área, em alerta para quaisquer terroristas potencialmente remanescentes. Além disso, continuam a sobrevoar foguetes e o estrondo de morteiros, para os quais não há sirene de alerta. A artilharia pode ser ouvida ao fundo na cerca da fronteira. Até os veículos dos terroristas ainda estão aqui, e possivelmente infestados com granadas ou explosivos.
Mas primeiro, a unidade do exército está a dedicar-se à remoção dos corpos dos civis israelitas. Podemos vê-los cobertos por lençóis sendo levados para fora de suas próprias casas, onde foram assassinados. A FDI ainda não tem um número definitivo de vítimas.
Muitos soldados foram convocados para o serviço de reserva e puderam ser vistos consolando uns aos outros ativamente depois do que testemunharam. Eles chegaram esperando o pior, mas as cenas vão além de tudo que se possa imaginar. Alguns soldados dizem ter encontrado bebês com as cabeças decepadas, famílias inteiras mortas a tiro nas suas camas. Cerca de 40 bebês e crianças pequenas foram levados em macas – até agora.
Ainda era um desafio para os soldados verificar cada casa, por causa das inúmeras armadilhas. A imprensa foi até aconselhada a ficar longe de algumas áreas que ainda não estavam livres de explosivos.
As atrocidades cometidas com armas, granadas, facas, todas visando civis inocentes em suas casas. Podemos ver redes de futebol nos gramados, sinal da vida bucólica que aqui existiu. Portas escancaradas, carrinhos de bebê deixados para trás, calçadas destruídas pela artilharia. Há casas carbonizadas, enquanto terroristas incendiavam casas para forçar os civis que se abrigavam lá dentro a saírem.
Os soldados são encarregados de um trabalho árduo. Para a imprensa e para o mundo que assiste, não é menos horrível.