O professor adjunto de economia da Universidade de Helsinki e CEO da empresa GnS Economics, Tuomas Malinen, divulgou na última semana uma análise baseada em uma simulação do “pior cenário” referente ao atual quadro econômico global perante as tensões do conflito entre Israel e Hamas no Oriente Médio.
O conflito é uma “bomba-relógio” prestes a explodir e agrava inúmeros fatores negativos na economia e mercados financeiros por todo o mundo, fazendo com que economistas em todos os lugares temam uma crise que venha a agravar de forma generalizada.
Malinen formulou uma lista de 10 principais riscos no caso de uma escalada no conflito, que estão descritos a seguir:
1 – O envolvimento direto dos EUA no conflito que se torna regional;
2 – Uma reação da OPEP no sentido de um embargo ao petróleo;
3 – O fechamento do Estreito de Ormuz por parte do Irã;
4 – O preço do barril de petróleo chegando a US$ 300;
5 – Grave crise energética na Europa devido à escassez de GNL (Gás Natural Liquefeito);
6 – A revitalização da inflação e consequentemente uma forte reação dos bancos centrais mediante a elevação dos preços da energia;
7 – Colapso do setor bancário global e dos mercados financeiros;
8 – EUA atingidos pela crise, gerando uma reação do Federal Reserve a forçadamente pôr em ação um novo plano de socorro aos mercados financeiros;
9 – A queda do comércio de petrodólares; e por fim…
10 – O surgimento da hiperinflação.
Várias destas previsões tiveram como inspiração o cenário econômico global vivido no ano de 1973, quando Israel enfrentou a Guerra do Yom Kippur. Atualmente, o perigo mais iminente é que em meio à forte reação de Israel aos ataques terroristas sofridos desde o dia 7 de outubro, Irã e Síria venham a também declarar guerra, fazendo o conflito partir para uma dimensão praticamente irreversível.