A vice-presidente da República argentina, Cristina Kirchner, foi alvo na última segunda-feira (22), de pedido de prisão por parte de procuradores do Ministério Público de seu país, sob a acusação de, junto com seu esposo, Néstor Kirchner, ter favorecido o empresário Lázaro Baez em obras na província de Santa Cruz, nos seus três primeiros mandatos durante os anos de 2003 a 2015. Durante o período dos Kirchner na administração do país, Baez venceu 80% das licitações na região.
O pedido do Ministério Público é para que a vice-presidente seja condenada a 12 anos de prisão e não possa mais exercer cargos públicos de forma permanente.
Sergio Mola, que é procurador do caso, ouviu mais de cem testemunhas, e declarou que tanto Cristina, quanto os demais acusados “traçaram um plano” para a realização de fraude no Estado, por meio da “discricionariedade na utilização dos fundos”.
Em solidariedade à sua companheira do Foro de São Paulo, a ex-presidente impedida, Dilma Rousseff declarou que Kirchner é vítima de “perseguição judicial e midiática”, e espera “que a corte suprema do seu país não acolherá caso tão escandaloso de abuso judicial”.