Para o advogado constitucionalista Andre Marsiglia, “há evidências latentes de perseguição política” contra Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mais cedo, nesta quarta-feira, 1º, a polícia italiana conduziu Tagliaferro à delegacia para notificá-lo sobre o pedido de extradição feito pelo Brasil. Tragliaferro prestou esclarecimentos e acabou liberado em seguida. Em entrevista ao programa Oeste Sem Filtro, Tagliaferro informou que a única medida cautelar aplicada foi a proibição de deixar a cidade onde vive. O processo de extradição, segundo os advogados de defesa, pode levar de sete meses a dois anos. As acusações contra Tagliaferro envolvem o vazamento de mensagens trocadas com servidores do Judiciário. As mensagens apontam para o uso do TSE como braço investigativo paralelo contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros nomes da direita.

A biografia autorizada de William F. Buckley Jr. foi publicada recentemente, uma enganação feita por um biógrafo adversário. Buckley escolheu o biógrafo errado. Barton Swain, escrevendo no Wall Street Journal, descreveu o trabalho do biógrafo Sam Tanenhaus como “o livro que os conservadores temiam que fosse”. Biografias anteriores são elogiosas. A resenha do crítico de cinema do Wall Street Journal, Kyle Smith, oferece um antídoto, descrevendo Tanenhaus como um “liberal do New York Times”. Charlie Rose e a revista The Atlantic mal podiam esperar para entrevistar esse fã de Obama após a publicação de sua biografia de Buckley. Em 2009, após a eleição de Obama, Tanenhaus publicou com entusiasmo “A Morte do Conservadorismo”. Ele desejou. Menos de um mês após a posse de Obama, o movimento Tea Party teve início, eventualmente absorvido pelo MAGA. A revitalização do conservadorismo estava apenas começando.

Pela primeira vez na história, Brasil, Estados Unidos e Austrália estão na mesma fase do ciclo pecuário, e as consequências podem afetar a oferta global de carne bovina por alguns anos. A retenção de novilhas não só causa queda na oferta de carne como também impacta os preços, que poderão atingir níveis historicamente recordes. Em A Força do Agro desta quarta-feira, 1º, o espectador vai descobrir os impactos de os países estarem na mesma fase do ciclo pecuário pela primeira vez na história.

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Penal do Paraná apresente informações sobre a tornozeleira eletrônica do ex-assessor internacional de Jair Bolsonaro, Filipe Martins. A decisão inclui a entrega de um relatório com registros de possíveis violações, falhas ou descumprimento de medidas cautelares. Martins está sob monitoramento eletrônico desde agosto de 2024. Antes disso, ele ficou mais de oito meses preso no Complexo Médico Penal, em São José dos Pinhais (PR). Entre as acusações contra o ex-assessor está uma viagem internacional no avião presidencial, que ele nunca fez. Em julho, durante depoimento no STF, Martins relatou uma série de irregularidades de sua prisão. Entre elas, a permanência em uma solitária.

Filipe Martins é réu do “núcleo 2” da suposta trama golpista

Martins foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos cinco crimes atribuídos também a Bolsonaro. Ele integra o núcleo 2 da suposta trama golpista. O grupo tem seis integrantes, entre eles o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques, acusado de comandar operações para viabilizar o alegado golpe de Estado.

A queda da Malásia em direção ao fundamentalismo islâmico parece ser imparável. Em Terengganu, um estado na costa oeste governado pelo Partido Islâmico da Malásia (PAS), penas de dois anos de prisão e multas de até 3.000 ringgits (£ 527) serão impostas a homens que faltarem às orações de sexta-feira. A autoridade para essas punições vem do Hadith, ou ditos de Maomé – fonte de grande parte da Sharia, lei que rege os cerca de 20 milhões de muçulmanos da Malásia. Esta nova lei é extrema até mesmo para os padrões islâmicos. Nem mesmo teocracias como o Irã e a Arábia Saudita prendem e multam quem se esquiva da oração. O Talibã, que é o regime islâmico mais opressor do mundo, limita o delito a funcionários públicos. Essa guinada em direção ao islamismo radical na Malásia, um destino popular para turistas ocidentais e há muito considerado um país muçulmano moderado, vem se formando há décadas. Na década de 1980, o “Renascimento Islâmico” da Malásia foi liderado por seu primeiro-ministro mais antigo, Mahathir Mohamad. O manifesto de Mahathir de 1981, ” O Dilema Malaio “, fundiu o nacionalismo com o islamismo e enfatizou a diferença entre malaios nativos e chineses. Ele supervisionou a islamização da política da Malásia e, principalmente, de seu sistema educacional.

A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) está entre os brasileiros que integravam a Flotilha Global Sumud, interceptada nesta quarta-feira, 1º, pela Marinha de Israel. A flotilha, composta por cerca de 50 embarcações, alegava que transportava alimentos, água potável, medicamentos e brinquedos à Faixa de Gaza. Segundo informações divulgadas pela organização responsável pela missão, pelo menos dez brasileiros e um argentino residente no Brasil estão entre os detidos. Além de Luizianne, entre os nomes confirmados estão a vereadora Mariana Conti (Psol), de Campinas (SP); a assessora parlamentar Gabrielle da Silva Tolotti, presidente do Psol-RS; e os ativistas Thiago Ávila e Mohamad Sami El Kadri. Também figuram na lista Ariadne Catarina Cardoso Teles, Magno de Carvalho Costa, Bruno Sperb Rocha, Lucas Farias Gusmão, Lisiane Proença Severo e o argentino Nicolas Calabrese, residente no Brasil. Ao todo, a delegação brasileira era formada por 17 pessoas.

Uma maneira de desmoralizar suas próprias forças de combate está sendo usada pelos militares russos enquanto sua invasão à Ucrânia continua. Se for assim, o que a Rússia está fazendo serve a um duplo propósito: ocultar o número de baixas sofridas por Moscou em sua guerra com a Ucrânia e ocultar evidências de mortes não militares pelas quais é responsável. Ao travar uma guerra anterior no Afeganistão (1979-1989), a Rússia — então ex-União Soviética — embarcou em uma estratégia semelhante para ocultar o verdadeiro impacto de suas perdas de tropas. No entanto, o que se diz estar fazendo na Ucrânia representa um novo nível de degradação na busca por esse objetivo. Para evitar provocar críticas entre o público russo durante a guerra do Afeganistão, Moscou não enviou seus feridos de volta para casa. Em vez disso, usou hospitais localizados nos países de seus aliados do Pacto de Varsóvia.

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a pagar os honorários dos advogados do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) após perder uma ação por danos morais movida contra o parlamentar. Bolsonaro acionou a Justiça depois que Boulos o apontou publicamente como possível mentor do assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em 2018, junto com seu motorista, Anderson Gomes. O pedido do ex-presidente, que já havia sido negado em primeira instância, foi levado à Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal, que manteve a rejeição do recurso. A defesa de Bolsonaro argumentou que as declarações de Boulos não estariam protegidas pela imunidade parlamentar, sustentando que a proteção não se aplica a atos “sem nexo com o desempenho das funções parlamentares ou quando utilizada para práticas abusivas”. No entanto, a Justiça entendeu que as falas estavam no âmbito da atuação política do deputado.

O significado literal de coerção é de pouca utilidade filosófica, pois pode significar qualquer coisa que alguém se sinta pressionado a fazer contra sua vontade. A palavra “força” é frequentemente usada de forma coloquial nesse sentido amplo – “eles ficaram sem o modelo que eu queria, então fui forçado a comprar um modelo diferente”. Durante os bloqueios da covid, houve debates acalorados sobre se as pessoas haviam sido “coagidas” a cumprir os mandatos de vacinação, pois, previsivelmente, aqueles que aplicaram os mandatos alegaram mais tarde que ninguém foi “forçado” a cumprir. No Canadá, o então primeiro-ministro Justin Trudeau negou descaradamente que tenha forçado alguém a cumprir os brutais mandatos de vacinação de seu governo: Trudeau disse: “E, portanto, embora não force ninguém a se vacinar, optei por garantir que todos os incentivos e todas as proteções estivessem lá para encorajar os canadenses a se vacinarem. E foi exatamente isso que eles fizeram.” Mas isso é verdade apenas no sentido da interpretação mais restrita do que significa o uso da força. Ou seja, que Trudeau não ordenou que ninguém fosse amarrado contra sua vontade e injetado com uma vacina.

Clientes do Xbox Game Pass vão encarar mudanças significativas nos valores e opções de assinatura a partir deste mês, conforme anúncio feito pela Microsoft nesta quarta-feira, 1º. O ajuste mais notável recai sobre o plano Ultimate, cujo preço mensal salta de R$ 59,99 para R$ 119,90, o dobro do valor anterior. O plano Core, até então o mais acessível por R$ 34,99 ao mês, será substituído pelo pacote Essential, que passa a custar R$ 43,90 mensais. Com ele, os assinantes terão acesso a mais de 50 títulos jogáveis em consoles Xbox, computadores ou via nuvem.

Novas opções e migração de planos

A empresa vai migrar os assinantes do plano Standard, que custava R$ 44,99, para o Premium, com mensalidade de R$ 59,99.

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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, ordenou nesta quarta-feira (1º) a saída de toda a delegação diplomática de Israel no país sul-americano, apesar de as relações estarem rompidas desde maio de 2024, e denunciou o tratado de livre-comércio (TLC) vigente entre os dois países desde agosto de 2020. – O tratado de livre-comércio com Israel está denunciado imediatamente – disse Petro em sua conta no X. – Sai toda a delegação diplomática de Israel na Colômbia – acrescentou. Essas medidas foram tomadas pelo mandatário colombiano em resposta à intercepção da flotilha humanitária Global Sumud, que navegava rumo à Faixa de Gaza, e à detenção de seus membros, entre eles as colombianas Manuela Bedoya e Luna Barreto.

*EFE

A história de duas marcas — Bud Light e Cracker Barrel — não é novidade, é frequentemente repetida, mas ainda assim é instrutiva. A Bud Light, a antiga marca de cerveja dominante, foi atacada por seus próprios gênios do marketing, movidos por sua ideologia destrutiva, enquanto tentavam implementar uma teoria bizarra de substituição de clientes mudando seu marketing, não seu produto. A fórmula cervejeira da Bud Light e seu sabor permaneceram inalterados. O formato das garrafas e latas, e o mecanismo para abri-las, eram os mesmos. E a Bud Light não mudou o formato, a aparência ou a atmosfera de tavernas, bares ou torcedores de futebol. A Bud Light simplesmente disse aos seus clientes “cai fora”, “vão embora” e “queremos que outra pessoa puxe nossas abas e gire nossas tampas”. Foi uma mudança de estilo em vez de substância. A Cracker Barrel, por outro lado, tentou se impor com um arado de aiveca completo sobre sua base de clientes, revolucionando tudo: reformulando o tipo e a qualidade da comida (que passou de comum para pior do que as de combate), demolindo a decoração física e o entorno e trocando a falsa loja de campo por um lounge de terminal de ônibus dos anos 1970.

Mensagens de um grupo de WhatsApp com mais de 500 promotores e procuradores da ativa e aposentados do Ministério Público de São Paulo (MPSP) mostram reclamações sobre salários, críticas a colegas e comparações com magistrados. Nos diálogos, divulgados pelo site Metrópoles, eles falam de penduricalhos, benefícios e até carros de luxo. Os membros do grupo dizem estar em uma “classe social inferior” à dos magistrados e defendem os penduricalhos como uma “defesa contra o arrocho salarial”. “Eu só quero pagar minhas contas”, escreveu um deles. O grupo se chama “Equiparação Já” e tem duas principais reivindicações: equiparar os vencimentos aos dos desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e alinhar os pagamentos entre membros ativos e aposentados do MPSP. Entre os participantes do grupo há promotores que receberam R$ 67 mil líquidos em agosto e mais de R$ 100 mil em dezembro de 2024, com gratificação natalina e verbas indenizatórias.

Então, Angela Rayner finalmente renunciou ao cargo de secretária de habitação do Reino Unido e vice-primeira-ministra, após admitir que pagou menos imposto de selo em um apartamento à beira-mar de £ 800.000 em Hove, East Sussex. Como o Telegraph revelou na semana passada, Rayner evitou pagar o valor integral do imposto de selo normalmente aplicado a uma segunda casa, alegando que seu novo apartamento era, na verdade, sua residência principal. Isso apesar de passar a maior parte do tempo em Ashton-under-Lyne, Grande Manchester, morando na casa de sua família. Recentemente, ela vendeu sua participação nesta casa para um fundo que criou para seu filho deficiente. Foi essa decisão – tomada, segundo ela, no interesse do filho – que supostamente lhe economizou até £ 40.000 em imposto de selo na compra do apartamento em Hove. Em termos de escândalos políticos, este dificilmente se compara a um ministro que potencialmente sussurra segredos de Estado no ouvido de sua amante comprometida, como fez John Profumo há cerca de seis décadas.

Na última sexta-feira (26), o ditador venezuelano Nicolás Maduro participou do XXIX Seminário Internacional Os partidos e uma nova sociedade. O evento foi promovido na Cidade do México pelo Partido do Trabalho mexicano e teve presença do senador Humberto Costa (PT-PE). A participação de Maduro ocorreu por meio de videochamada. Ele deu uma palestra. As informações são da revista Crusoé e do site O Antagonista. No Instagram, o ditador publicou fotos em frente a um laptop. – Esta tribuna de pensamento e acção permitiu-nos expor claramente a verdade da Pátria Socialista, face ao cerco permanente do imperialismo americano, que com os seus navios de guerra pretende pilhar os nossos recursos e agredir o povo decente, trabalhador e profundamente consciente da sua história. Continuemos a abrir caminhos para transitar a luta pela integridade dos nossos países, estabilidade política e direito ao futuro – diz trecho do post de Nicolás Maduro.

Nota da edição:

Este artigo é a tradução do décimo sexto capítulo do livro do economista Robert P. Murphy, Understanding Money Mechanics [“Entendendo a mecânica do dinheiro”, em tradução livre]. Nas próximas semanas, seguiremos publicando seções traduzidas do livro no site do Instituto Mises Brasil, com o objetivo de trazer ao nosso público a oportunidade de acessar o rico conteúdo sobre teoria monetária produzido por Bob Murphy.

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Em um manual moderno sobre a mecânica do dinheiro, é necessário fornecer ao menos uma introdução ao Bitcoin[i]. Consequentemente, neste capítulo vamos primeiro apresentar uma explicação básica sobre o que é o Bitcoin e como ele funciona. Em seguida, colocaremos o Bitcoin no quadro teórico de dinheiro que desenvolvemos no capítulo 1, buscando responder à pergunta fundamental: Bitcoin é dinheiro? Por fim, relacionaremos o Bitcoin a um componente importante na discussão da escola austríaca sobre o dinheiro, a saber, o “teorema da regressão” de Ludwig von Mises.

A Polícia Civil prendeu Júlio Cesar de Oliveira Silva Rodrigues em flagrante nesta terça-feira 30, depois que ele tentou extorquir o deputado estadual do Rio de Janeiro, Alexandre Knoploch (PL). Funcionário da Rede Globo, Júlio Cesar apresentou-se como produtor do programa Fantástico. Segundo informações da polícia, Júlio Cesar, que trabalhava como técnico de áudio na emissora, apresentou-se como jornalista da Globo e marcou uma reunião com o parlamentar. Durante o encontro, ele alegou possuir informações comprometedoras sobre o deputado e exigiu R$ 10 mil para não divulgar os dados. Desconfiado da abordagem, o deputado acionou a polícia, que organizou uma operação para flagrar o criminoso no momento da negociação. A polícia prendeu Júlio Cesar em flagrante por extorsão e falsidade ideológica. “Quero deixar claro: não aceito extorsão, não aceito coação, não aceito bandido infiltrado em espaços de poder”, disse o deputado. “Se ele tentou comigo, pode ter tentado com outros parlamentares também.”

Há muitas preocupações sobre IA, e é inteligente ficar nervoso, mas a principal função deste produto não é nova. Como profissional de banco de dados nos últimos 30 anos, tenho utilizado dados para mapear tendências em vendas e marketing, e até mesmo para analisar os próprios dados para garantir a integridade. A automação que combina a análise desses dados com a tomada de ações programadas com base em um resultado também não é nova. O que é novo é como estamos usando a IA e o que nos dizem para acreditar sobre o produto de IA. Essa diferença é como a IA pode levar a um perigo real. O que é IA? Vários vídeos disponíveis explicam. Eles afirmam que 1) a IA foi projetada para pensar como humanos, 2) a IA é inteligente e 3) a IA tornará sua vida mais fácil. A ideia de que a IA é inteligente e até mesmo que ela “pensa” não é realidade. A IA, como o próprio computador, é uma casca vazia até que alguém forneça os dados, o código para interagir com esses dados e a interface do usuário para permitir a comunicação.

Nesta terça-feira (30), os ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento (MPO) publicaram, em edição extra do Diário Oficial da União, o Decreto de Programação Orçamentária e Financeira do 4º bimestre de 2025, que faz o bloqueio de R$ 12,1 bilhões em gastos discricionários dos ministérios e nas emendas parlamentares. Como já havia sido anunciado no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas divulgado na semana passada, houve um bloqueio adicional de R$ 1,4 bilhão em despesas em relação ao bimestre anterior, totalizando R$ 12,1 bilhões. O bloqueio é necessário para o atendimento de despesas obrigatórias. Neste bimestre, não há verbas contingenciadas, visto que o déficit estimado de R$ 30,2 bilhões é menor do que o limite inferior da meta (déficit de R$ 31 bilhões).

EMENDAS PARLAMENTARES

O montante total de emendas parlamentares bloqueadas subiu de R$ 2,4 bilhões para R$ 2,8 bilhões, o que representa 23% do total atualmente bloqueado. O processo de distribuição da contenção, que incidirá sobre as emendas de bancada, segue regras e prazos próprios, podendo haver ajustes conforme a priorização do Poder Legislativo.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sugeriu nesta terça-feira, 30, que o Brasil adote uma lei para neutralizar os efeitos de sanções unilaterais impostas por países estrangeiros a autoridades nacionais. A proposta remete à experiência da União Europeia (UE), que em 1996 instituiu o chamado Estatuto de Bloqueio, mecanismo criado para proteger empresas e cidadãos europeus da aplicação extraterritorial de legislações de países terceiros. O regulamento surgiu como resposta às sanções dos Estados Unidos contra Cuba, Irã e Líbia, naquele mesmo ano. Na prática, o estatuto determinava que cidadãos e empresas da UE não poderiam cumprir as sanções de países externos, além de anular no território europeu qualquer decisão judicial estrangeira fundamentada nessas leis. O regulamento também garantia o direito a reparações por danos sofridos pelo cumprimento dessas normas. A sugestão de Gilmar sobre uma “lei anti-embargos” no Brasil surge em contexto semelhante ao europeu, depois da aplicação da Lei Magnitsky dos EUA ao ministro Alexandre de Moraes. Na UE, o estatuto chegou a ser utilizado em disputas judiciais, mas relatórios da Comissão Europeia e decisões de tribunais registraram dificuldades de aplicação e resistência das empresas em cumprir a norma diante das sanções dos EUA.

O que juridicamente aconteceu com Tagliaferro?

1. Ele foi chamado a tomar ciência de uma cautelar italiana para que não saia do município, até que seu processo de extradição, pedido por Moraes, seja analisado. Já está em casa, mas com restrições de locomoção.
2. Vale lembrar que o pedido de extradição de Tagliaferro, em análise na Itália, se relaciona com violação de sigilo funcional, por ele divulgar informações sigilosas do gabinete de Moraes.
3. O Artigo 325 do Código Penal pune quem revela segredo em razão da função que exerce. O ponto é que as informações a que Tagliaferro teve acesso são atos oficiais ilegais. O interesse público, nesse caso, está ao lado de quem revela o segredo, não de quem o guarda.

A revelação de documentos e mensagens mudou a condição de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal. Conforme matéria de capa da Edição 289 da Revista Oeste, as denúncias conhecidas como Vaza Toga mostraram que o magistrado agiu fora da legalidade. “Moraes avançou sem resistências sólidas até o surgimento da Vaza Toga”, afirmam, no texto de Oeste, os jornalistas Augusto Nunes e Eliziário Goulart Rocha. “Há algumas semanas, o antigo subordinado Eduardo Tagliaferro vem divulgando provas dos métodos criminosos usados pelo ministro e um juiz auxiliar para forjar provas que incriminem inocentes. O feroz inquisidor evita comentar o caso e continua à caça de motivos para punir a testemunha que vem resgatando a verdade. É ele quem precisa de álibi.” Tagliaferro foi o assessor-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele permaneceu na função de agosto de 2022 a julho de 2023. O tempo coincide com o período em que Moraes presidiu o TSE.

Em 2020, o mundo parou. Entre decretos e manchetes, um mantra se repetia: “Fique em casa”. O discurso parecia salvar vidas, mas ignorava uma verdade incômoda: a inatividade física é tão letal quanto o próprio vírus. Durante a pandemia, treinar virou crime e o sedentarismo virou norma. Academias foram tratadas como vilãs, enquanto o sofá se transformava em refúgio oficial. Cinco anos depois, os números falam por si. O Brasil bate recordes de obesidade, a saúde mental entrou em colapso e uma geração de adolescentes cresceu enclausurada em telas, sem estímulos físicos ou sociais. Não foi o vírus apenas que nos adoeceu — foi a política de sedentarismo institucionalizada, a crença de que bastava isolar corpos para proteger vidas. Ignorou-se o óbvio: quem mais sofreu com a Covid-19 foram pessoas com excesso de peso, doenças crônicas e baixos níveis de atividade física.

No Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia foi de defensora da irrestrita liberdade de expressão à defensora da censura. É o que mostram Augusto Nunes e Eliziário Goulart Rocha na matéria de capa da Edição 289 da Revista Oeste. “Cármen Lúcia ganhou a simpatia da bancada hegemônica [do STF] graças a uma conversão tão radical quanto à vivida por São Paulo Apóstolo na estrada de Damasco”, escrevem Nunes e Goulart Rocha. “A mulher que recitou ‘Cala a boca já morreu’ passou a defender a censura com prazo de validade e agora quer amordaçar plataformas.” No texto, a dupla de jornalistas lembra da frase dita recentemente pela magistrada. “É preciso impedir que 213 milhões de pequenos tiranos soberanos dominem os espaços digitais no Brasil”, afirmou Cármen, durante sessão plenária da Corte em 25 de junho deste ano. “Delirou, reduzindo a pequenos tiranos todos os habitantes do país”, definem Nunes e Goulart Rocha.