A passagem de Rafah, entre a Faixa de Gaza e o Egito, está programada para abrir às 9h de segunda-feira para cidadãos estrangeiros que saem de Gaza e para ajuda humanitária na Faixa, informou a NBC News na noite de domingo, citando uma autoridade palestina.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse a repórteres no Egito que a passagem seria aberta à ajuda humanitária. “Estamos a implementar – com as Nações Unidas, com o Egito, com Israel, e com outros – o mecanismo para obter assistência e levá-la às pessoas que dela necessitam”, disse Blinken.
No início do domingo, o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, disse à CNN que o Hamas tem impedido as pessoas de deixarem Gaza através da passagem de Rafah. Três fontes dos EUA com conhecimento da situação disseram também à NBC que ainda não está claro se o Hamas abrirá o seu lado da passagem de Rafah.
Autoridades que trabalham para abrir a passagem de Rafah também afirmaram que Israel não se comprometerá a não atacar caminhões que entram em Gaza, informou o Washington Post no domingo. Um funcionário diplomático disse ao Washington Post que estavam em curso negociações para permitir que Israel inspeccione caminhões de ajuda humanitária.
![](http://iclbr.com.br/wp-content/uploads/2023/10/Imagem10-300x196.jpg)
Alertas de crise humanitária em Gaza enquanto os combates continuam
Os relatos da reabertura da travessia surgem no momento em que as autoridades locais e os organismos internacionais continuam a alertar sobre o aprofundamento da crise humanitária em Gaza desde que o Hamas lançou a guerra em curso contra Israel, há uma semana.
Mais de 2.600 palestinos foram mortos durante os combates, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas. O fornecimento de água e eletricidade, antes facilitado por Israel, foi cortado, embora Israel estivesse planejando reativar o fornecimento de água ao sul da Faixa de Gaza, disse Sullivan à mídia americana no domingo.
Além disso, mais de um milhão de palestinos foram deslocados das suas casas em Gaza durante os combates, de acordo com a Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras aos Refugiados da Palestina (UNRWA).