Em nova demonstração deprimente de militância política contrária ao presidente da República Jair Bolsonaro (PL), os âncoras do Jornal Nacional da Rede Globo, William Bonner e Renata Vasconcelos, realizaram na última segunda-feira (22), a primeira sabatina com candidatos à presidência que ocorre nesta semana no Jornal Nacional. O primeiro sorteado foi o presidente Bolsonaro, que foi também vítima de um show de horrores por parte dos apresentadores globais.
Em clara tentativa de intimidar o presidente, Bonner e Renata realizaram nos 40 minutos da sabatina, uma sequência quase ininterrupta de acusações e apontamentos de pressupostos, que impediram o sabatinado de completar qualquer uma de suas respostas. Propositalmente chamado pelos apresentadores de “candidato” e não de “presidente”, o chefe do Executivo parecia esperar que o nível de provocações fosse alto durante a conversa, e manteve o equilíbrio, como também uma hercúlia paciência diante das narrativas declaradas em tom de perguntas.
Entre as formas de abordagem adotadas pelos apresentadores, estavam ainda o tom de cinismo e deboche de William Bonner, e inúmeras caras de choro, com tentativas de apelo emocional por parte de Renata Vasconcelos, que mostravam um claro intuito de trazer a atenção do público para uma sensação de suposta “insensibilidade” por parte do presidente mediante os temas apresentados.
Diversos jornalistas, apoiadores ou opositores do governo debulharam fortes críticas ao amadorismo da dupla de jornalistas globais ao término da programação, que atingiu seu maior pico de audiência do ano durante a sabatina, vindo após isso a ter uma forte queda na audiência ao término da participação do presidente da República.
Entre os momentos mais marcantes do programa, estão a resposta do presidente a Bonner, sobre seu relacionamento com chamado “centrão”, em que após ser acusado de ter neste grupo de parlamentares a sua base no Congresso, e por isso ter supostamente decepcionado eleitores que se sentiram “traídos” por ele, o chefe do Executivo afirmou que o apresentador o estaria incentivando a ser um “ditador”, e explicou que essa classe de parlamentares tem a maioria de votos do Congresso nacional e não pode ser ignorada em seu governo, pois, legitimamente representam boa parte da população.
Outro momento que chamou a atenção do público, gerando inúmeras críticas à Renata Vasconcelos, e indignação por parte de boa parte da audiência, ocorreu quando a apresentadora declarou que a mensagem veiculada pela mídia durante a pandemia de Covid-19 teria sido, na verdade, um “fique em casa, SE PUDER”. Após essa declaração, inúmeras imagens de pessoas tendo seus comércios fechados, sendo presas em praças públicas e tendo portas soldadas, encheram as redes sociais e revelaram a hipocrisia da frase da apresentadora, que foi uma das principais vozes do discurso repressor de liberdades individuais na emissora, durante o período da pandemia.